Mais de 80% das organizações que participaram da pesquisa realizada pela Seequent afirmaram que o gerenciamento de dados é essencial para a sua organização. No entanto, menos de um terço delas tem uma estrutura adequada para fazer isso. Por que a incongruência?
Em nosso recente webinar sobre o Seequent Evo, três especialistas do setor – Liv Carroll (diretora administrativa e líder em inteligência aplicada para mineração, Accenture), Jody Conrad (fundadora e CEO, Krux Analytics Inc) e Vicky Corcoran (engenheira-chefe e geóloga, Atkins) – explicaram o motivo pelo qual o gerenciamento de dados na nuvem ainda é pouco adotado em um setor que deveria estar se esforçando ao máximo para aproveitar os seus benefícios.
Cada jornada começa com um primeiro passo. Mas quando essa jornada envolve migrar os seus dados para a nuvem, o primeiro passo é muito assustador para muitas empresas que dependem de dados geocientíficos?
Certamente, há interesse em ver o gerenciamento de dados de maneira distinta e aproveitar ao máximo a nuvem. Observamos isso em nossa pesquisa. Mas as pessoas estão tentando saber por onde começar, e há uma crença (equivocada) de que isso precisa ser feito como um enorme passo se o esforço vale a pena.
“E isso não é verdade. Não é necessário migrar tudo de uma só vez.
De fato, ter um modelo tão variável ou dinâmico quanto possível gera melhores resultados. Então comece aos poucos”, comentou Jody Conrad.
Os dias em que todo projeto transformador precisava ser enorme (e talvez custava milhões) ficaram no passado. Os três membros do grupo concordaram que agora é muito mais simples adotar uma abordagem iterativa. Veja quais são as necessidades da empresa e siga em um ritmo adequado, que seja confortável e apoiado por um orçamento prudente para permitir definir prioridades em cada etapa.
Talvez o mundo real queira uma transição gradual
As vantagens da nuvem foram bem preparadas: acessibilidade aos seus dados rapidamente, mais capacidade de processamento garantindo acesso a aprendizado de máquina e inteligência artificial, possibilidade de redução de custos e benefício de uma única fonte de informações em que a colaboração pode evoluir.
Entretanto, para muitas organizações que dependem de dados geocientíficos, a realidade pode ser outra. Para os stakeholders com conexão ruim, a comunicação via nuvem pode ser um desafio. Talvez, os membros de equipes no campo não queiram desperdiçar um dia de trabalho e, em vez disso, prefiram o conforto de tudo o que já está salvo em seus laptops. Isso é importante, pois, a menos que todos confiem que seus dados estão sempre disponíveis, talvez seja difícil manter a adoção do gerenciamento de dados baseado na nuvem em uma empresa.
“Ser capaz de flexibilizar a forma como a nuvem é usada e adotar uma abordagem híbrida pode, portanto, ser muito valioso para as organizações que estão iniciando a migração”, comentou Liv Carroll.
Uma combinação dos servidores locais e na nuvem que aproveita o melhor de cada mundo oferece uma transição mais suave e com menos chance de rejeição em toda a empresa.
Também é importante lembrar que a transformação digital não está, ou pelo menos não está mais, relacionada a tecnologia; ela é um propósito.
“Houve um tempo em que todos estavam entusiasmados com a tecnologia digital, e todos procuravam onde implantá-la”, lembrou Liv. “Infelizmente, não foi uma abordagem muito útil. Era difícil dimensionar, era difícil manter e não foi eficaz para extrair valor dos dados.”
Primeiro o objetivo e, em seguida, o método para adoção
A implantação da tecnologia digital apenas por ser digital não é a resposta. Deve haver um objetivo, que é extrair o máximo valor possível dos dados existentes, não apenas disponibilizando-os para as pessoas que precisam deles, mas fazendo isso de uma forma que possam ser usados com facilidade. Consequentemente, a nuvem precisa oferecer mais do que conectividade. Ela precisa oferecer soluções para interoperabilidade e geração de insights por meio de análises avançadas e inteligência artificial.
“Tenha um plano para os seus dados e saiba como eles serão gerenciados.
Algumas organizações se concentram em dados, mas não necessariamente planejam como vão gerenciá-los ao longo de sua vida útil, ou seja, a jornada pela qual eles vão passar e o que elas querem extrair deles.
Se você gerenciar mal os dados, transferindo-os de um pacote de software para outro, trabalhando em vários bancos de dados que precisam estar alinhados, então você está realmente perdendo muito tempo”, comentou Vicky Corcoran. Além disso, haverá erros e inconsistências que vão desperdiçar ainda mais tempo para serem corrigidos.
“Mesmo em cada conjunto de dados, ainda é necessário se perguntar como esses dados são padronizados. Se você não comparar maçãs com maçãs, não poderá tirar nenhuma conclusão real dessa comparação”, acrescentou Jody Conrad.
O dimensionamento é mais do que armazenamento
Além disso, a questão do dimensionamento em relação ao custo nem sempre é totalmente apreciada. O exemplo mais citado é a capacidade de aumentar ou reduzir o seu armazenamento em nuvem, que depende do volume de dados existentes, e portanto, pagar apenas pelo que você precisa. Para alguns, isso é uma bênção. Mas, para muitas organizações que lidam com dados geocientíficos, o volume só irá aumentar e, assim, a possibilidade de reduzir o armazenamento talvez não exista.
Entretanto, o dimensionamento também está relacionado à capacidade de processamento, ou seja, a capacidade de lidar com cálculos complexos quando o trabalho exige. Aumentar o armazenamento de seus servidores locais com um cartão de memória extra é relativamente fácil, mas atualizar a capacidade de processamento é um custo significativo de capital. Essa é uma área onde a economia do dimensionamento na nuvem pode ser mais significativa, e a capacidade de processar grandes números sempre que necessário pode ajudar a melhorar a empresa.
“O que quer que você faça, faça algo,
pois há um grande valor a ser agregado, e isso não é apenas um valor monetário. Ele pode estar relacionado a saúde e segurança, métricas de questões ambientais, sociais e de governança (ESG, Environmental, Social and Governance), satisfação dos profissionais, interesse de talentos com habilidades digitais, entre outros aspectos. A nuvem pode oferecer tudo isso para você”, concluiu Liv Carroll.
Para ouvir mais opiniões das nossas especialistas sobre segurança na nuvem, problemas comuns de gerenciamento de dados e suas soluções, trabalho com dados legados e muito mais, assista ao nosso webinar completo clicando no link abaixo.
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